A onipresença de Fábio


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Este texto não pretende causar polêmicas e nem assumir defesas. É apenas uma postagem sobre o céu que firma e o sol que brilha igualmente a todos nós.
Em relação ao episódio no qual foi envolvido o ator Fábio Assunção, observa-se o quanto o ser humano é dado às críticas negativas e é envolto numa sociedade que reprova o erro, mesmo que reincidente, ainda que advindo de situações avessas à Educação e/ou Saúde. O global é, sim, caso de atenção médica e, aqui, não quero também discutir se deva ou não ter uma internação mandatória.
Certa vez, ouvi de um pároco que, sua igreja, acabara de ter repostas todas as lâmpadas decorativas que desenhavam o entorno da  área externa da construção, formando, assim, um contorno singelo e luminoso durante a noite. Porém, um paroquiano, dias depois, teceu-lhe um comentário: "´Padre, tudo está muito bonito. O contorno está ótimo. Mas, tem uma lâmpada, aquela lá no canto, que está apagada..."
Bom, a situação traduz exatamente que o ser humano, apesar de seu lado bom (sim, todos nós temos), é também sórdido. Fábio, o ator, é antes de mais nada, uma pessoa como outra qualquer, que requer sim, uma atenção especial. Acredito que, ao vermos as cenas nas quais está nitidamente sob o poder de drogas, cada um de nós se viu ou reconheceu um familiar ou amigo. Quando falo daquelas ditas como recreativas, aí então, trata-se de um silencioso processo de adicção. Todos nós conhecemos ou temos notícias de algum "Fábio".
Vocês podem até estranhar a abordagem deste tema aqui no Pitacos que propõe-se a falar sobre sons e afins, não é? Mas sabiam que Fábio é amante da Música? Toca piano, violão e já teve, inclusive, uma banda, ainda na adolescência, a Delta T, que não deu certo e considerada por ele "um fracasso" por falta de grana e tempo. Em minhas pesquisas, encontrei um registro de sua participação no finado programa Esquenta, da Regina Casé, em que o galã canta Adoniran Barbosa com o sambista Péricles. Curtindo ou não o segmento musical em questão, é de se admirar o encanto que Assunção tem pela Música. Termino, lembrando Saramago: "Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu fizeram-no de carne, e sangra todo dia". Quem não tiver problemas, "que atire a primeira pedra".
É isso aí, folks.

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