Confesso que sucumbi a ouvir o novo álbum do Stone Temple
Pilots depois de ler uma resenha do amigo Bruno Eduardo, lá no RockonBoard. Na
verdade, o que rolou é que, quando, pela primeira vez, ouvi o novo vocalista da
banda, o Jeff Gutt, não concordei em aclamá-lo como o novo “Scott Weiland”,
assim como muitos já o consideram. E fato é que sou avessa a missões que o ser humano insiste em investir quando tenta substituir o que não é substituível.
Sempre achei que, como a sonoridade da banda é a mesma, fica mais
fácil ainda a lembrança do falecido vocalista. Bom, comecei a ouvir o álbum que leva o nome da banda (o segundo a
ter o mesmo título) sem maiores pretensões. Mas, ao ouvir o disco todo,
senti que, rola, sim, um certo ar “Scottesco”, quando Jeff faz os
graves. Mas a pegada agridoce na voz nos
faz acordar e deixa nítida a diferença, principalmente, quando leva a “The art
of letting go” .
Porém, quando ouvi “Meadow”, minhas
“anteninhas de vinil” vibraram. E aí que lembrei do não tão menos saudoso Layne
Stanley. Daí, decretei, apesar de todas as minhas vãs concepções sobre analogias. Sim, pra mim, Jeff é um mix de Layne e Scott. Aliás, talvez, não tenha
sido à toa que a primeira música de trabalho dos caras tenha sido Meadow que, neste ano, já alcançou a sexta posição na Billboard Mainstream Rock Songs.
Destaco “Thought she´d me Mine” que poderia perfeitamente ser
música para rádios, novelas e afins. Na minha humilde opinão, a melodia encanta
com um refrão leve e cool.
Aliás, falando em leveza, um outro ponto a ser ressaltado
refere-se às letras. Em sua maioria, romantizadas amargamente. E, só para
marcar território, claro, o STP manda o “Roll me Under”, som pesado e com
versos que deixam a galera viajar na libido.
Pra terminar, mando meu joinha pro Bruno Eduardo que me convenceu
a dar uma chance pro disco. Agora não consigo mais parar de ouvir. Viajei no
tempo.
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