Diretamente do túnel do tempo


 
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Alguém aí lembra da banda Belly que tinha Tanya Donelly como vocalista lá nos idos dos anos 90? Bom, se você não se lembrar dela (já que a banda teve uma passagem meteórica pelo mundo do Alternative Rock), certamente, reconhecerá o vocal. Ela fez parte do The Breeders, que era uma junção de membros do Pixies e Throwing Muses, na mesma década. Se, nem assim, te ajudei na lembrança, fica aqui um pouco do que foi e do que voltou a ser a banda Belly. O grupo tinha se tornado uma das revelações do rock alternativo depois de ter feito seu debut com o álbum Star que rendeu duas indicações ao Grammy nas categorias de Artista Revelação e Melhor Álbum Alternativo.
O segundo trabalho, King, foi lançado em 1995 e, já no ano seguinte,  a banda acabou. Rolou uma “reunion” em 2016 com direito a tour nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas, segundo a própria Tanya, ela “estava fazendo muitos trabalhos colaborativos e sentia falta de ter sua própria banda”. E foi assim que, em maio, depois de 25 anos de hiato, Dove será lançado. Porém, para os fãs saudosos do som, a Belly já lançou seu primeiro single, Shiny One, em 23 de fevereiro ultimo.
Em tempos em que ainda é recente a morte de Dolores O'Riordan, do Cranberries, a canção remete a uma melodia que dialoga com o transcedental, com um vocal que mais parece entrar em transe com os instrumentos. Mas nada que deixe o som ficar chato. Pelo contrário, a leveza da voz de Tanya com a letra é literalmente um chamado a uma rápida viagem orbital ("Call my fallen angel/ When the call comes, you answer it/ When the call comes, you answer it for me/ Don't forget who you come from, son.", traduzindo, “Chame meu anjo caído/quando o chamado vem/você atende/ quando o chamado vem, você atende por mim/ Não esqueça de  quem você surgiu, filho”). E, claro, lembra muito a ex-banda de Tanya, The Breeders.
O retorno da Belly acontece quase que concomitantemente com o do Stone Temple Pilots que, não esperou 25 anos, mas levou 8 para fazer um novo trabalho. É apenas uma coincidência ou o povo dos anos 90 encontrou um “filão” para atacar de novo no mercado fonográfico? É... Que ressuscitem mais bandas, então!


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