“The Dark Side of the Moon” cinquentou


Há 50 anos, no dia 1° de março de 1973, era lançado “The Dark Side of the Moon”, o oitavo disco de estúdio do grupo inglês Pink Floyd. O álbum virou exemplo visceral na história do rock progressivo mundial.

Há quem o compare com o sucesso estrondoso que teve The Wall, outra grande obra da banda. Mas foi mesmo com o “The Dark Side”, que o grupo inglês, formado em 1965, ingressou em definitivo nos anais do rock. 

A produçāo marcaria uma mudança na sonoridade e traria canções mais curtas e mensagens diretas e claras. As letras escritas, em sua grande maioria, por Roger Waters, um de seus fundadores, encontram base em suas preocupações diante das pressões da vida moderna: dinheiro, guerras e o medo da morte.

O trabalho foi inspirado pelo ex-integrante Syd Barret, cantor, compositor, guitarrista, cofundador e frontman do grupo, substituído por David Gilmour, após uma desintegração mental derivada do uso de LSD e ao abuso excessivo de demais drogas.

“The Dark Side of The Moon” foi revolucionário no uso de efeitos sonoros e de instrumentos, desde a gravação de múltiplos relógios tocando ao mesmo tempo até o som de uma pessoa correndo ao redor de um microfone ou, ainda, com o som inovador de uma caixa registradora.

O conceito do álbum foi sendo desenvolvido durante turnês, com o material sendo apresentado ao vivo bem antes de chegar aos estúdios míticos da Abbey Road em diferentes e complexas sessões em Londres, em 1972 e 1973. O disco contou com o suporte do produtor Alan Parsons (responsável por Abbey Road, disco considerado o de melhor som dos Beatles), que ajudou na experimentação desses novos elementos utilizados nas canções, verdadeiros clássicos do rock.

The Dark Side foi gravado com a então moderna mesa de 16 canais de estúdio, que demonstraria os predicados das transmissões em estéreo das rádios FM, uma novidade para a época.

A capa de The Dark Side of The Moon, criada pelo designer Storm Thorgerson, é certamente uma das mais conhecidas no mundo, com seu feixe de luz transpassando um prisma e se decompondo em um espectro de cores.

O álbum apresenta números impressionantes. Chegou rapidamente ao topo da Billboard 200 nos Estados Unidos e, desde então, fez mais de 900 aparições na parada, figurando na lista dos mais vendidos da história da música.

Adqui­ri­do por mais de 50 milhões de pessoas, é um dos 25 mais comprados de todos os tempos  e ocupa o segundo lugar na lista da Revista Rolling Stones dos 200 álbuns definitivos do rock (o primeiro é Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, lançado em 1° de junho de 1967). 

Para celebrar os 50 anos da obra, o Pink Floyd disponibiliza um box set de luxo, com uma reedição super deluxe sob a forma de um caixote contendo o disco original, mais versões com mixagens e uma variedade de brindes. 

Além disso, haverá ações paralelas como um concurso de animações baseadas nas faixas do disco e audições em planetários do mundo inteiro, acompanhadas de imagens criadas para a ocasião.



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